Os Estabelecimentos Assistenciais de Saúde (EAS) são como ecossistemas de alto risco, onde microrganismos e vírus estão à espreita, ameaçando a saúde de dezenas de pessoas que circulam por esses locais todos os dias. Os procedimentos médicos e terapêuticos realizados nesses ambientes demandam padrões de higiene excepcionais para garantir a segurança tanto dos profissionais de saúde quanto dos pacientes.
Entretanto, a chave para criar um ambiente verdadeiramente saudável vai além da desinfecção meticulosa. A renovação do ar é um fator crítico na prevenção da proliferação de agentes patogênicos e poluentes que podem comprometer a saúde daqueles que frequentam esses espaços. É aí que entra a ventilação mecânica, uma solução tecnológica que não apenas aprimora a qualidade do ar, mas também é uma exigência legal.
Neste artigo, vamos mergulhar mais a fundo no funcionamento do sistema de climatização e renovação do ar em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. Descubra como esse elemento essencial pode fazer a diferença na proteção da saúde e bem-estar de todos os envolvidos. Prepare-se para uma jornada fascinante pelo mundo da ventilação e segurança em ambientes de cuidados médicos!
Biossegurança em Ambientes de Saúde
No campo da saúde, a prioridade sempre é a segurança, e isso inclui evitar a contaminação, mesmo nos procedimentos mais simples. Profissionais de saúde enfrentam um risco constante, já que lidam diariamente com secreções como sangue e saliva, mesmo durante práticas rotineiras. É, portanto, imperativo que todos compreendam e adotem rigorosamente as boas práticas de biossegurança em ambientes de assistência médica.
Além disso, a qualidade do ar é um fator crítico que influencia diretamente o ambiente de cuidados médicos. Esses locais estão repletos de equipamentos que geram partículas líquidas e sólidas, criando uma atmosfera onde vírus, bactérias e fungos podem flutuar no ar. Esses invasores microscópicos podem facilmente encontrar seu caminho para o sistema respiratório e mucosas dos profissionais e pacientes, representando um risco adicional à saúde.
A importância da biossegurança em ambientes de saúde foi ainda mais destacada durante a pandemia de COVID-19, quando os profissionais de saúde passaram a lidar com um novo e inesperado fator de risco em seu trabalho diário: o vírus da COVID-19. Nesse cenário, as medidas de biossegurança e a qualidade do ar se tornaram críticas para proteger tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde.
Este artigo explora como esses dois elementos essenciais - biossegurança e qualidade do ar - se interconectam e desempenham um papel crucial na garantia de ambientes de saúde seguros para todos. Vamos entender mais sobre como podemos manter a saúde e o bem-estar em primeiro plano, mesmo em meio a desafios inesperados como a pandemia.
Normas para renovação do ar em Estabelecimentos assistenciais de saúde
Em 2021 ocorreu uma revisão completa da norma brasileira ABNT NBR-7256, intitulada Tratamento de ar em estabelecimentos assistenciais de saúde (EAS) – requisitos para projeto e execução das instalações. A revisão incluiu profundas modificações estabelecendo requerimentos de alto padrão para qualidade do ar interior nos diversos tipos de salas técnicas de operação nos EAS (hospitais, clínicas médicas, clínicas de exames, consultórios odontológicos, postos de saúde, entre outros). Está definido que a partir de agosto de 2021 todas as novas construções ou reformas em EAS deverão seguir a norma, a qual traz algumas reivindicações importantes como:
· A não possibilidade de utilização de aparelhos de ar-condicionado que não possuam sistema de renovação de ar com filtragem (por exemplo o split convencional) e;
· Reforça a necessidade de cada EAS ter o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) e o respectivo responsável técnico.
A revisão de 2021 apresenta também parâmetros mínimos os quais o sistema de climatização deve atender. Listados a seguir estão os valores mínimos indicados pela norma:
· Temperatura do ar entre 20ºC e 24ºC;
· Vazão mínima do ar exterior: 2 renovações por hora;
· Vazão mínima de insuflamento: 2 renovações por hora;
· Filtros G4+F8 em sua maioria;
· Umidade máxima de 60%;
· Exaustão completa em salas determinadas.
Vale ressaltar que esses parâmetros são os requisitos mínimos e variam de acordo com as características e nível de risco do ambiente. Na imagem a seguir são exemplificados alguns parâmetros para ambientes em alas de internação de queimados.
Anexo A.2 da NBR-7256 com parâmetros de projeto para cada ambiente. Ref: ABNT NBR-7256
Como apresentado na figura acima, a atualização da norma impossibilita a utilização de equipamentos convencionais nesses tipos de ambiente em função da incapacidade de garantir a boa qualidade do ar interno. Essas máquinas não atendem as necessidades impostas pela norma em requisitos como a filtragem e renovação do ar, permitindo assim a proliferação/transmissão de vírus e bactérias, causando riscos à saúde dos ocupantes.
A qualidade do ar interior é uma exigência que deve ser tratada com seriedade e não deve ser negligenciada. As razões para isso vão além da mera precaução, agora é também uma questão de cumprimento legal.
Ambientes que não contam com sistemas adequados de renovação do ar já carregam riscos sérios à saúde. A inalação excessiva de dióxido de carbono e outros gases presentes no ambiente pode causar uma série de sintomas desconfortáveis, como dor de cabeça, sonolência, dificuldade de concentração, problemas emocionais, e em casos extremos, pode levar a consequências fatais. A saúde, o bem-estar e a biossegurança de todos os ocupantes não podem, e não devem, ser deixados em segundo plano.
Portanto, quando se trata de planejar o seu espaço de cuidados médicos, conte com a CST Engenharia. Nossa empresa tem uma vasta experiência no assunto e está comprometida em assegurar que a qualidade do ar em seu ambiente esteja em conformidade com as normas legais, protegendo a saúde e o conforto de todos os envolvidos. Não é apenas uma escolha sábia, é uma responsabilidade essencial. Entre em contato conosco e faça da qualidade do ar uma prioridade em seu projeto clínico.
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